Saturday, June 23, 2007

O Xadrez de Juliana, a Mãe

Meu pai morreu há algum tempo. Foi assassinado pelos revoltosos em 1848. Não havia nos orientado sobre como lidar com dinheiro ou com quem deveríamos nos casar. Ficamos sós, apenas eu, Sophie, minha irmã mais nova, e Monique, minha mãe. Éramos uma família rica, pois meu pai tinha muitos negócios pela França. Com a morte de papai, entretanto, estavámos falindo, pois não sabíamos como cuidar do dinheiro. Claude Echeverry, como bom homem que é e apaixonado por mamãe, ofereceu-nos ajuda. Mandaria seu filho Luíz e um amigo dele, Jean Poo, para administrar os bens da família. Desesperadas, aceitamos a oferta. Apesar de sabermos que era quase impossível,pois os proletários estavam fervorosos, entrando em greves frequentemente. Ambos os jovens eram bem apessoados e inteligentes. Eram a favor do capitalismo, o que rendeu-lhes certo grau junto à mamãe. Luíz pareceu-me muito interessado nos problemas familiares, mas Jean tinha algo que me chamou a atenção. Talvez seus olhos cor de céu ou sua incontestável confiança nas pessoas. Havia porém, um obstáculo. Ele nada mais era do que o filho da empregada. Inteligente, formado, mas o filho pobre da empregada. Luíz começou a corterjar-me, não podia desprezá-lo. A situação de nossa família estava muito decadente. Mamãe incentivava-me a aceitar seus cortejos. Afinal, que futuro teria nossa família se eu me casasse com o filho de empregada? Para o bem da família, estava disposta a casar com Luíz. Não era uma má escolha. Ele era muito bondoso e carinhoso, com o tempo aprenderia a amá-lo. Além disso, estaria-se unindo duas poderosas familias francesas, os Echeverry e os Chateubriand. Ambas famílias estavam felizes com o possível desfecho. Apenas Sophie aparentava certa tristeza, mas recusava a admitir. Uma tarde Luíz não pôde ir a nossa casa. Jean foi sozinho e, encontrando-nos apenas nós dois, declarou-se para mim. Num primeiro momento fiquei tentada a largar Luíz e casar-me com Jean, mas a vida de minha mãe e de minha irmã estavam em jogo também. Contra a minha vontade, tive que desprezá-lo. Disse-lhe que não o amava, e apenas eu soube o quanto isso me doeu. Mais dificil ainda foi ver sua decepção. Naquele dia, ele pediu dispensa e foi embora mais cedo. Contei a minha irmã, nao tudo, mas o suficiente para que ela entendesse que estava mal. Não disse-lhe que estava apaixonada por Jean, seria uma terrivel decepção para minha româmtica irmã. Ela confortou-me e apoiou minha decisão, afinal, quem ele achava que era para se declarar ao amor de seu melhor amigo? Dias passaram-se e cada vez mais sentia que Jean era meu escolhido, não Luíz. Entristecia-me olhar nos olhos de Jean e ter de ignorá-lo. Certa noite, porém, passei pelo quarto de minha irmã e ouvi-a chorando. Estando a porta fechada, cheguei mais perto para escutar algo. Ela estava falando com mamãe. Estava contando à mamãe que tinha se apaixonado por Luíz assim que o vira! Assustada, corri para o meu quarto. Não sabia se deveria sentir-me culpada ou feliz. Estava sendo cortejada pelo amor de minha irmã, enquanto amava outro. O que fazer agora? Poderia correr o risco e abandonar Luíz. Ou poderia fingir que não tinha descoberto nada. Não dormi naquela noite. Pela manhã já tinha tomado minha decisão. Naquele mesmo dia, quando Luíz foi visitar-me, recusei-o. Disse-lhe que havia mudado de idéia, não o queria mais. Sua bela fisionomia tornou-se triste e confusa. Mamãe e Sophie estavam tão confusas quanto ele. Jean, por sua vez, aparentava um misto de felicidade e surpresa. Senti que havia feito a escolha certa. Deixei-os sozinhos e fui para o meu quarto. Mesmo não amando-o, não aguentaria mais sentir a mágoa em seus olhos. À noite, mamãe foi falar comigo, tentar entender o que acontecera naquela manhã. Expliquei a ela meus motivos. Ela me apoiou e chamou minha irmã. Teríamos agora a missão de juntar minha irmã com Luíz. Sophie ficou extremamente feliz com a notícia e senti-me recompensada ao ver sua alegria. No dia seguinte Luíz não foi a nossa casa. Mamãe, então, pediu a Sophie para visitá-lo e desculpar-se em nome da família pelo sofrimento que eu causara-lhe. Tão doce e cuidadosa era minha irmã, acabram tornando-se amigos. Em pouco tempo a amizade tornou-se amor. Sophie agora era amada pelo homem de sua vida. Esse era o único motivo que deixava-me feliz. Após meu rompimento com Luíz, fui atrás de Jean, mas este apenas ignorou-me. Seu orgulho era muito para deixar-se perdoar-me. Dou-lhe razão, afinal, desprezei-o por dinheiro. Estava tão desiludida que decidi ir morar com minha tia, em Lyon. Além de ser ignorada pelo amor de minha vida, estava ficando mal falada pela cidade, já que abandonara Luíz. No dia de minha partida, Jean foi até minha casa pedir-me desculpas. Disse-me que me amava e que tremia apenas de pensar que poderia me perder pra sempre. Foi este o dia mais feliz de minha vida. Noivamos no mesmo dia, e hoje estamos casados. Assim como Sophie e Luíz. Jean conseguiu um bom emprego, e nossa família não passa mais por necessidade. Mamãe e Claude se amam, mas recusam a admitir. Temos, porém, bastante tempo para juntá-los. Formaremos, então, uma grande e feliz familia!

by Louise Chateubriand =)

Saturday, May 19, 2007

Louise Chateubriand

Depois de muuuito tempo sem postar, cá estou eu de volta. Agora com uma atividade diferente e, diga-se de passagem, muito divertida. Caracterizar um personagem pode parecer muito simples, mas não é tão fácil quanto pensam. Para mim, é muito mais fácil escrever a história do que definir um personagem. Mas tudo bem, o desafio foi aceito. Lá vamos nós.

Lousie Chateubriand é uma francesa de 18 anos. Loira, pele alva e olhos azuis. Possuidora de uma beleza ímpar, encanta a todos com a sua delicadeza e educação. Racional, obedece sempre à sua mãe. É muito ingênua e não liga para dinheiro, apesar de agir algumas vezes em função deste. Ama muito a sua família e faria de tudo para ajudá-la. Cresceu na corte, junto de sua irmã. Frequentou sempre as melhores casas. Após a morte de seu pai, sua família ficou meio perdida. Muito generoso, Claude Echeverry manda seu filho, Luiz, e Jean Poo, filho da empregada e amigo de Luiz, para ajudar com os negócios da familia Chateubriand. Por um acaso do destino, ambos se apaixonam por Louise. Porém, seu coração elege Jean, o menino pobre. Sua mãe e sua irmã a incentivam a casar com Luiz. Louise fica, então, dividida. Salvar a família e casar por dinheiro ou seguir seu coração?

O final?? Espere pelos próximos capítulos... ;D

Monday, April 2, 2007

Jornalismo Informativo

Na metade do século XIX, surge um novo tipo de jornalismo, substituindo a imprensa de opinião, quando os jornais impressos eram usados basicamente por partidos políticos. Devido ao capitalismo, as noticias passam a ser mais importantes porque geram mais lucros. Fatos e acontecimentos atraíam muito mais leitores do que opiniões partidárias. Por meio dessa mudança, o jornalismo passa a ser um espelho da realidade.
A partir da segunda metade do século XIX, os jornais passam a ser produzidos em maior tiragem, gerando o modelo de imprensa comercial. Aumentando as vendas, aumentam os lucros. Mais lucros significa mais tecnologias, logo, mais tiragens. Assim, os jornais, antes dependentes dos partidos políticos, foram tornando-se independentes economicamente pouco a pouco.
O desenvolvimento da imprensa está intimamente ligado ao desenvolvimento do mundo. Novas máquinas e equipamentos, como o telégrafo, e aperfeiçoamento de máquinas de tiragem, por exemplo, ajudaram para a expansão do jornalismo no século das grandes invenções,
Além disso, a mudança sócio-econômica da população também influencia na mudança da imprensa. Com a urbanização, a informação tornou-se fundamental na vida das pessoas. Grandes burgueses notaram essa deixa e se aproveitaram, aumentando as tiragens dos jornais. Também a maior taxa alfabetização ajudou a alimentar os lucros burgueses.
Quanto à política, também ajudou a imprensa da época. Os novos idéias de liberdade de expressão liberaram os jornalistas para levar à população qualquer noticia e, ao mesmo tempo, vigiar o poder.
O jornalismo cresce nessa época dentro do novo mundo capitalista. A necessidade de informação criou o novo tipo de jornalismo informativo e desprezou o antigo, cheio de polêmicas e brigas partidárias.

Tuesday, March 27, 2007

Diferenças

Pesquisando sobre a imprensa do século XIX, encontrei uns dados muito interessantes. Como as principais diferenças entre a imprensa daquele século e a do nosso século. São elas:

  • Lingua a qual se traduz
  • Volume colossal da tradução oral

Antigamente, o principal lingua traduzida era o francês, posição hoje reservada ao inglês. Ao mesmo tempo, a evolução dos meios audio-visuais levou a tradução oral a números nunca antes atingidos.

“Curiosamente, no século XIX, a imprensa respondia a um público de novos leitores, cumprindo desse modo a sua parte na democratização da leitura; no nosso século, a crise da leitura parece instalada, a não ser que isso seja apenas argumento de justificação para a concorrência entre produtos idênticos no que diz respeito à qualidade.”

fonte: http://premiotraducao.itds.pt/trabalho/seminario2000/carlos_castilho_pais.htm

Trecho copiado e colado aqui por que eu não posso deixar de concordar com o autor. Realmente, precisamos melhorar em muito os nossos hábitos.

Thursday, March 22, 2007

Breve História da Imprensa

Já que eu tenho que começar, vou começar do começo.

A imprensa surgiu no século XV, quando Johannes Guttenberg inventou a prensa móvel, no inicio usada para imprimir os únicos veículos jornalísticos existentes na época: os jornais. Ele inventou um sistema de prensa utilizando tipos. A novidade propagou-se rapidamente. Em 1500 haviam 226 oficinas de impressão por toda Europa.
No século XIX, descobriu-se o poder lucrativo da imprensa. Surgiram os primeiros jornais nos EUA e Reino Unido. Surge em 1821 um dos jornais mais lidos do Reino Unido até hoje, The Guardian. Nos Estados Unidos surge o primeiro jornal popular, vendido a um centavo de dólar.
No Brasil esse conhecimento é tardio devido à censura e à proibição de tipografias na colônia. Porém, em 1808 surgem dois jornais brasileiros: Correio Braziliense e a Gazeta do Rio de Janeiro. A imprensa escrita iniciou-se no Brasil com a Imprensa Régia, fundadora da Gazeta do Rio de Janeiro. O primeiro periódico brasileiro tinha a função de divulgar as informações do Poder Real. Mais tarde surgiram periódicos particulares como A Idade d’Ouro do Brasil, da Bahia em 1811.
Surgiram também nessa época as agências de noticias, empresas dedicadas à procura de informações que eram vendidas aos jornais. A primeira agência de imprensa foi fundada em 1835 na França.
Com a Guerra Civil dos EUA, a imprensa sofreu grandes mudanças. Pela primeira vez, reporteres e fotografos recebem credenciais para cobrir o conflito. Desenvolve-se, então,o lead para ter certeza que a principal parte da noticia chegaria aos jornais.
Em 1871, The Guardian tornou-se o primeiro jornal a enviar correspondentes aos dois lados de uma guerra.
A invenção do telégrafo também revolucionou o mundo das notícias, permitindo a troca de informações a longa distância.
Em 1847 começa a funcionar a primeira rotativa nos EUA.No ano seguinte o Times de Londres cria uma rotativa que imprimia 10 mil exemplares por hora.
Em 1880 a fotografia passa a ser utilizada na imprensa diária também.



Fonte: Wikipedia. Palavra chave: Imprensa


Só como curiosidade, vou colar aqui um artigo da Constituição de 1824 que tratava sobre os direitos civis e políticos do cidadão, assim como liberdade de expressão e pensamento.


“Todos podem comunicar os seus pensamentos por palavras, escritos, e publicá-los pela imprensa sem dependência de censura, contanto que haja de responder pelos abusos que cometerem no exercício desse direito, nos casos e pela forma que a lei determinar” (Art.179,n° 4) "




Hoje em dia, nosso país é um entre tantos países com liberdade de imprensa, mas nem sempre foi assim...

Prensa de Gutenberg Gazeta do Rio de Janeiro: primeira edição








Primeiro Telégrafo

Wednesday, March 21, 2007

Imprensa

Primeiro post do blog. Sobre o que eu vou falar? Imprensa. Jornalismo. Jornais, revistas, midia, etc etc. Sempre me interessei por essa area da comunicação. Na verdade, ainda estou em duvida quanto ao meu futuro e uma das possibilidades é Jornalismo. Quem sabe com essa pesquisa eu não me decido? A linguagem sempre foi muito importante para os homens. Aliás, foi por causa da linguagem que o homem virou homem e deixou de ser macaco. A imprensa, creio eu, foi o ápice da comunicação. A midia é e sempre foi a maneira mais rápida de espalhar a informação. Desde sua criação a imprensa foi importante para a humanidade. Por que não falar sobre imprensa??
Não sei bem ao certo por onde começar. Talvez eu nem comece hoje. Posso começar amanhã? =D


imprensa s.f. : 1. arte de imprimir. 2. conjunto de jornais (escritos e falados) ou de jornalistas, repórteres, etc. 3. máquina de imprimir.

jornalismo s.m.: 1. profissão de jornalista. 2. imprensa periódica. 3. em rádios e televisão, transmissão de notícia (diretamente do seu local de acontecimento ou de estúdio)

fonte: Minidicionário LUFT, editora Ática.